23 de jun. de 2015

8 LIÇÕES FEMINISTAS DA JANE AUSTEN QUE TODA MULHER DO SÉCULO XXI PODE USAR



Enquanto se estabelecia como uma escritora séria, Jane Austen nos mostrou que seu ganha pão eram as mulheres de suas histórias. Sua força se manifestava provando que
romances escritos por mulheres sobre mulheres podem descobrir verdades reais,  desafios e levantar qualquer leitor - e, convenhamos, tem algo mais feminista do que o fato de mulheres serem seres humanos tão complexos e interessantes como os homens? Eu acho que não. Na realidade, eu sei que não.

Claro, é fácil se perguntar se podemos realmente ou não aprender algo sobre o feminismo nos seus livros uma vez que as histórias de Austen têm como centro a instituição do casamento, mas você precisa passar mais tempo analisando o que essa mulher criou. Austen criou personagens racionais, independentes, frequentemente conhecidas por seus temperamentos explosivos que viviam de acordo com as suas livres vontades - na medida do possível em razão das expectativas da sociedade. Mulheres fortes que fizeram as melhores escolhas, mesmo limitadas por pressões externas. Tem muita coisa para aprender com as mulheres dessas histórias - que eram totalmente feministas da maneira que podiam ser e têm muito o que nos ensinar.

Aqui vão algumas lições que toda mulher do século XXI pode retirar dos romances de Jane Austen. Jane foi uma rockstar... mas você já sabia disso.

VOCÊ NÃO DEVE JULGAR OUTRAS MULHERES PELAS SUAS ESCOLHAS
Em Orgulho e Preconceito, Elizabeth Bennet fica espantada quando sua amiga íntima Charlotte Lucas aceita a proposta de casamento do ridículo Mr. Collins. Tendo jurado apenas de casar por amor, Elizabeth ficou desapontada que sua amiga tenha escolhido se casar por conveniência - e a julga severamente pela decisão. Mas Charlotte tem uma alma prática; diferentemente da bela e espirituosa Elizabeth, ela não tem outras propostas de casamento, então decide que ter uma vida ao lado do Mr. Collins é a melhor escolha para ela. Ver a maneira que Charlotte cria uma vida feliz mesmo embaixo do mesmo teto do Mr. Collins força Elizabeth a perceber que ela não sabe sempre qual é o melhor caminho - e que ela não tem o direito de julgar outras mulheres pelas suas decisões.

NUNCA ACEITE MENOS DO QUE VOCÊ MERECE
Mesmo que os bens de seu pai estivessem prometidos ao Mr. Collins, deixando Elizabeth e suas irmãs sem dinheiro após sua morte, ela está decidida a escolher com quem vai se casar - e em se casar por amor. Quando o rico mas não tão bondoso Mr. Darcy a pede em casamento, Elizabeth fica pasma ao escutar as palavras dele. Mr. Darcy diz à ela que apesar de sua criação deficiente e a conexão com sua família vergonhosa, ele a ama conta seus melhores julgamentos. Elizabeth fica enraivecida - com razão; ninguém, ela diz, nem mesmo o proprietário de Pemberley, tem permissão para fazê-la sentir-se inferior - e ela, como qualquer outra mulher, merece estar com alguém que a respeite e respeite o lugar de onde ela veio. Ela e Charlotte são mulheres diferentes e as suas escolhas, embora diferentes, refletem quem elas são e o que elas acreditam que podem fazê-las felizes.

DEPENDE DE VOCÊ PROCURAR SUA PRÓPRIA FELICIDADE
Quando Lady Catherine De Bourgh, a tia controladora de Mr. Darcy, aparece na casa dos Bennet para exigir que Elizabeth recuse a proposta de casamento de Darcy - uma vez que os Bennets não são dignos de estabelecer conexão com os habitantes de Pemberley - Elizabeth não deixa a figura ilustre falar com ela daquela maneira: "Eu apenas ajo da maneira que irá, na minha opinião, ajudar na minha felicidade", ela diz. Elizabeth chega a um ponto importante: a felicidade dela vem primeiro, não importa que qualquer pessoa tente convencê-la do contrário.

CONFIANÇA, CONFIANÇA, CONFIANÇA
De todos os personagens de Jane Austen, Emma Woodhouse é talvez a mais abertamente feminista - ela é essencialmente a chefe da sua casa (o debilitado e resmungão Mr. Woodhouse é engraçado, mas inútil), e ela escolhe evitar o casaento porque já tem uma boa posição na sociedade. Ela tem uma incrível força de vontade, é confiante e independente e não deixa que seu gênero interfira na sua posição social.


ACEITE QUE VOCÊ É UM TRABALHO EM ANDAMENTO... E QUE ESTÁ TUDO BEM
Mas Emma também é um pouco tirana. Egoísta, com muita força de vontade, mas mal intencionada, ela é uma heroína fascinantemente complexa. Quando ela tenta encontrar um marido para sua amiga Harriet, Emma falha, magoando imensamente os sentimentos de Harriet. Apesar de sua confiança, Emma nem sempre sabe o melhor - mas isso não faz com que ela deixe de acreditar nela mesma. Emma aceita seus erros e busca corrigi-los para fazer o certo para a amiga.

TEM UM LUGAR ESPECIAL NO INFERNO...
Para mulheres que traem outras mulheres. A melhor amiga de Catherine Morland, Isabella Thorpe, conquista a confiança da amiga e falha quando Catherine percebe que Isabella é, na realidade, uma manipuladora buscando casar com a melhor opção. Catherine fica magoada quando a verdadeira face de Isabella é revelada, mas ela é forte o suficiente para cortar relações com uma pessoa que estava simplesmente a usando para seus próprios fins.

É PRECISO MUITA CORAGEM PARA IMPOR SUA OPINIÃO ÀQUELES QUE VOCÊ AMA, MAS É UM ERRO NÃO FAZER ISSO
Em Persuasão, Anne Elliot, então com 19 anos, sucumbe à pressão de sua posição social e termina o noivado com o jovem oficial da marinha Frederick Wentworth. Quando ela se encontra com ele novamente, anos mais tarde, ela percebe que seus sentimentos nunca mudaram. Embora ela tenha tido razões sólidas para ter escolhido não se casar com Wentworth, Anne conquistou uma vida infeliz colocando as expectativas da família acima de suas próprias necessidades e felicidade. Aos 26 anos, Anne  não vai mais aceitar um destino que ela não escolheu, e ela finalmente se casa com o amor da sua vida.

MESMO QUE AS CHANCES ESTEJAM CONTRA VOCÊ, SIGA SEU CORAÇÃO
Fanny Price, de Mansfield Park, é criada por seus parentes ricos, os Bertrams. Embora ela tenha recebido uma educação similar e tenha alguns privilégios como os primos, seus tios nunca a deixaram esquecer que ela não tinha o mesmo nível que eles. Ainda assim, Fanny se torna o orgulho e a alegria do tio quando recebe uma proposta de casamento do rico e bonito Henry Crawford. Mas embora Fanny tenha pouco poder para exercer, ela recusa a se submeter às vontades do tio e aceitar um casamento por conveniência com um homem no qual ela não confia. Segurando firme nas suas convicções, Fanny enfrenta a raiva e o ressentimento de seu tio e no fim tem seu final feliz.


Fonte: Bustle
Tradução e adaptação: Roberta Ouriques

Um comentário:

  1. Oi,
    Amei o texto!
    Até agora só li Orgulho e Preconceito, já tenho os outros livros da Jane Austen mas ainda não li. Fico sempre fascinada com a profundidade das de Austen, mesmo não tendo lido todos seu sempre leio tudo que sai sobre os livros dela.

    Jéssica Rodrigues
    Coração Leitor

    ResponderExcluir

Comentários são sempre bem vindos.
Marque a opção Notifique-me para receber a resposta ao Comentário.
Se quiser que eu responda por email, não se esqueça de deixá-lo aqui.
Se encontra algum erro no blog por favor nos avise!
O Comentário estará Disponível Após Moderação.

Quer deixar seu link? Use essa Dica

Topo